“UMUARAMA – Falha humana ou mecânica? Essa é uma das perguntas que rodeiam a morte do operador Clodoaldo dos Santos, 39.Ele foi vítima de uma máquina de moenda, na qual trabalhava realizando um reparo durante a tarde na Usina Bio Energia (antiga Usina Bonin). Para ele o expediente terminou da pior forma possível. O trabalhador foi esmagado depois de ser empurrado pela máquina também conhecida como rosca sem fim, que tem por objetivo conduzir e preparar a cana de açúcar para o processo de trituramento. No momento do acidente, Santos fazia uma solda em uma das calhas de escoamento do bagaço da cana. Os motores haviam sido desligados, mas por algum motivo – ainda desconhecido – a máquina entrou em funcionamento e assim como faz coma cana, sugou e esmagou o corpo do funcionário.Segundo o perito de criminalística, Dimas Castilho, o equipamento funcionou por cerca de 15 a 20 segundos, tempo suficiente para causar a morte.
Castilho comentou que a máquina é computadorizada por issoexiste a possibilidade de ter ocorrido uma falha mecânica, porémele ressalta que não é possível descartar a hipótese de que oequipamento de solda usado pelo operador tenha emitido acarga elétrica necessária para acionar o motor da moenda. Existem algumas hipóteses, e claro que uma delas provocou a morte da vítima e temos que descobrir qual foi. No entanto, só chegaremos até uma posição concretadepois que mais análises técnicas sejam feitas”, ponderou.
Ainda de acordo com o perito, a preocupação maior foi a de retirar o corpo das engrenagens, e que com o avançado da hora não foi possível realizar um levantamento preciso, quando Castilho retornará a usin apara terminar de fundamentar seu parecer técnico que será somadoa análise de profissionais de engenharia, para que só então possíveis culpados possam ser apontados e punidos. Como apenas o motor da moenda foi acionado, o trabalhador não chegou a passar pelo triturador,mas seu corpo sofreu com os cortes provocados pelas lâminas da máquina. Segundo o Instituto Médico Legal (IML) a morte foi causada pelo esmagamento generalizado. O agente oficial de perícia, José Roberto de Avis comentou que os ferimentos não foram suficientes para decepar as partes do corpo, porém os cortes foram profundos o bastante para quase causar o esfacelamento. O operador residia em Cruzeiro do Oeste e trabalhava na empresa havia apenas quatro meses.
A reportagem entrou em contato com a usina, mas os responsáveis se limitaram a dizer por telefone que a empresa esta realizando as avaliações necessárias para apurar as causas do acidente. A usina se localiza na Estrada Jaoa Baraniuk, no distrito de Serrados Dourados.
Segue as imagens:
É… Grande estrago… Creio mesmo que alguem o esqueçeu lá e ligou o motor!
